Você já percebeu que, às vezes, você está ótimo, mas aí o computador trava, ou você recebe uma notificação no celular, e de repente seu humor vira um lixo?
Isso acontece porque o assédio de si mesmo precisa de uma faísca para começar. Podemos chamar isso de Fio Condutor. E a má notícia (ou boa, se você usar a favor) é que esses gatilhos podem vir de qualquer lugar: de dentro de você, das coisas ao seu redor ou das outras pessoas.
Vamos dividir esses gatilhos em 3 grupos práticos. Vamos ver onde você está escorregando:
Os Gatilhos de Dentro – Você contra Si Mesmo
Aqui o problema nasce 100% na sua cabeça ou nas suas emoções. Ninguém te fez nada, você se sabotando sozinho.
- A Memória Tóxica: sabe quando você está lavando louça e, do nada, lembra daquela vergonha que passou em 2010? Ou da briga com eis (ex)? Você revive a dor e estraga seu presente.
- A Frustração Infantil: você queria muito que algo acontecesse agora, não aconteceu, e você faz bico. É o desejo irrefletido batendo na parede da realidade.
- O Devaneio: você fica imaginando cenários que não existem e sofrendo por eles.
Os Gatilhos de Fora – O Mundo Físico
Aqui é quando o ambiente ou os objetos “atacam”. São coisas físicas que mexem com sua energia e sua paciência.
- A Tecnologia: esse é clássico. O computador (celular, tablet, notebook) trava, a impressora não imprime, a conexão de internet (Wi-Fi) cai. Podemos citar especificamente o “bug inesperado” como um grande gerador de raiva irracional. Pergunte-se: faz sentido ter um ataque de fúria com uma máquina? Não, mas a gente tem.
- O Corpo Físico (Soma): fome, sono, dor de cabeça ou carência sexual. Às vezes você não está deprimido, só precisa dormir ou comer.
- O Bolso: a falta de dinheiro (ou o excesso de consumismo no shopping) dispara ansiedade imediata.
- Os “Bagulhos Energéticos”: esse termo é ótimo. São objetos que carregam energia ruim. Sabe aquela carta do ex-namorado(a) que você guarda? A roupa de alguém que já morreu? Aquele presente feio que você mantém por educação? Isso tudo segura energia velha e serve de âncora para o autoassédio.
Os Gatilhos de Relacionamento – O Inferno são os Outros?
Aqui entram as interações com outros sujeitos, cidadãos, (consciências), sejam pessoas ou “fantasmas” (desencarnados, espíritos, almas, etc.).
- As Companhias Tóxicas: o colega de trabalho que só reclama, o parente intrusivo, ou aquele “amigo” que te incentiva a beber demais ou usar drogas. Mesmo que você não use, só de estar perto daquela vibração (energia densa), você se contamina.
- O Vizinho Chato: barulho, incomodação, aborrecimento, importunação, irritação, falta de respeito. É teste de paciência diário.
- O Chefe Autocrata: aquele líder que manda e desmanda sem critério, gerando revolta.
A Estratégia de Sobrevivência: podemos dar um conselho duro, mas real sobre companhias: às vezes, a melhor conduta é evitar. Se você tem um amigo que vive na lama e se recusa a sair dela, ficar ao lado dele pode ser um “acumpliciamento antiético ou conluio que é contrária aos princípios morais e profissionais”. Ou seja, você está ajudando a manter o erro.
Se o ambiente é ruim (como uma balada, cabaré, casa noturna, ou um bar pesado), o melhor é não ir. Ficar imerso em energia ruim achando que é forte o suficiente é ingenuidade.
Resumo da Ópera
O assediar a si mesmo (autoassédio) não é mágico, ele é mecânico. Ele precisa de um botão para ligar. Sua missão a partir de hoje é identificar seus botões:
- É a fome? — Coma.
- É a carta do(a) eis na gaveta? — Jogue fora.
- É o computador, celular, notebook, tablet lento? — Respire fundo, é só uma máquina.
- É o amigo tóxico? — Afaste-se.
Se você remove o gatilho, a bomba não explode.